18 de outubro de 2010

Vácuo...


No fim
nada há,
sobras...
Desfecho ruim
não abre,
enfim,
portas...
Gire a maçaneta
e volta
para o lugar
de onde nunca
deverias ter ousado
partir...
Afinal...
não precisava ter ido tão longe,
para voltar pra tão dentro...

4 comentários:

  1. Muito legal o jogo da língua, o uso das rimas, o ritmo, teu texto é muito bom. O jogo de contrários é instigante. Só não posso concordar com o que diz e com o tom. A própria idéia de negar a fertilidade do fim me parece pouco poética. Mas aí já é do gosto.
    Tudo de bom

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  2. Nossa!
    Esta é de fazer pensar mais que o de costume. Densa e conciso nas palavras, vasto nos significados.
    Sigo pensando com os neurônios estimulados.
    Beijo grande,

    Ivan Bueno
    blog: Empirismo Vernacular
    www.eng-ivanbueno.blogspot.com

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  3. Eduardo, existem vários fins... em situações várias... o bom do subjetivismo poético é dar a cada fim a sensação que merece... Até no não aprendizado houve aprendizado, né não? mas há fins que nos deixam estáticos, apenas uma emoção no vácuo... Bj. Sentindo-me deveras honrada com sua presença aqui!!!

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  4. Melhor quando nem sobras fiquem de quem partiu. Para que o fim siga seu curso e a vida então flua sem o desassossego de um ir-e-vir.

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