6 de outubro de 2010

Último ato

A gente sabe que há algo errado
quando nada mais diz qualquer coisa...
quando o silêncio é muito alto
ferindo ouvidos,
dilacerando sonhos,
espalhando angústias pelo chão do peito chagado...
A gente sabe
mas não quer ver
porque os olhos também estão cansados de buscar cumplicidade
Os ventos intensos na alma avisam: - Saudade! Saudade!
E a maior ausência é a da gente em nós...
Fazer de conta que tudo vai bem
dói além
É mais um ato na cena
que acaba
que acaba
que acaba...
Não mais aplaudimos,
não tem graça
reprise de tudo cujo final
é desalento...
A gente sabe que há algo errado
quando tanto faz...
Indiferença atroz
Ave sem asas em gaiola
Ave com asas sem destino...

4 comentários:

  1. Olá Silvana!

    Sou amiga do Ivan e por curiosidade resolvi conhecer seu blog. Fiquei surpresa ao me deparar com este seu texto que, além de belíssimo, traduz em palavras aquilo que sinto neste momento.

    Estou arrepiada!

    Parabéns pelo trabalho! Serei seguidora a partir de hoje.

    Abraços,

    Luana.

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  2. Luana, que bom que gostou!!!! Que bom que estás aqui!!!! O lindo da poesia é que ela nos permite ver a nossa alma em outras almas por aí, a nossa dor em outras dores.. e não nos sentimos tão sós! Tb estou seguindo vc, menina!!!!! Bj

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  3. Parabéns pelo blog e, em especial, pelo poema.
    Podendo, visite-me em http://pretextoselr.blogspot.com/
    Abraço.

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  4. oi,Silvana parabéns pelo seu blog!!!Este demonstra o quanto sua luz,não se restige somente a sala de aula.Assim ela pode ganhar mundo através de seus poemas belíssimos.São poemas bem escritos,isso talvez não porque nós leitores entendamos de poemas ou não. E sim pelo fato que eles traduzem, o que queremos dizer e não encontramos palavras para exprimir tantas emoções.Bjs ,tchau.De:sua aluna da turma C.PROAP

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