3 de outubro de 2010

Pespontos


Linha na agulha
vou
na sutura dos rasgos, fagulhas
que eu mesma me dou...
Percorrendo meus tecidos
Alinhavo desagravos
Cravo-a lentamente
Passo o fio de mim mesma em meus nós
Apertando os pontos
Fechando as dores
Deixando tudo lá dentro
do meu baú de costuras...


2 comentários:

  1. Gostei muito, Sil...escreves, desnudando-te a alma, como, aliás, deve-se escrever...
    Voltarei mais vezes...Bj. Nereida

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  2. Silvana,
    Que bom te ler, um poema denso, existencial, com metáforas fortes. Adorei. Já vou lendo e seguindo, tá, sumida?
    Beijo grande,

    Ivan Bueno
    blog: Empirismo Vernacular
    www.eng-ivanbueno.blogspot.com

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