19 de outubro de 2010

Parto


E quando o silêncio me feriu os ouvidos,
escolhi ensurdecer
E quando as atitudes me doeram  os olhos
deixei de ver
E quando a desatenção me atordoou a mente
insanamente
deixei de ser...
E quando minha outra mão
se estendeu ao pé do poço
calabouço
em meu resgate
eu pude, enfim,
ressuscitar
do pó da dor
Dei-me a mão a mim
E saí do fim...
Eu me pari
pra não me perder...

Um comentário:

  1. Nossa!
    Um parto a forceps, doído. Mas renascer, refazer-se, é sempre preciso, ainda que um tanto impreciso.
    Beijo grande,

    Ivan Bueno
    blog: Empirismo Vernacular
    www.eng-ivanbueno.blogspot.com

    ResponderExcluir