21 de outubro de 2010

Castelo de...



Cansada do nada
da estrada calada
indicada por ti:
Espera...
Só ouço a palavra
E sigo encantada
Com o nada, com o nada
Cansada
Paisagem vazia
Lagoa sem água
Piscina sem fundo
Mar sem mundo
Profundo
No fundo de mim...
e ouço: espera!
Sentada na guia
na beira do porto
morro,
morto...
Se fico, se vou
Se busco, se entrego
nada prego
Parede sem quadro
Moldura sem tela
Sou aquela
que nunca pensei
E dessa que sou
Desconheço a lei...
No reino da sombra
que assim me tornei
não há rei
não errei
Esperei...
Esperei...
Repetes: espera!
Paciência!
Reza!
Implorei, rezei, esperei...
Em águas revoltas
mergulho no intenso...
Nadei, nadei...
Esperei...
Nadei...
Não há praia no mar da espera:
nunca chegarei...

3 comentários:

  1. Olá, Silvana:
    Parabéns pelo belo site. Parabéns mais ainda pelos belos poemas. As palavras fluem do seu coração de maneira natural e autêntica.
    Uma poetisa é uma ninfa disfarçada de mulher a vagar pelas almas daqueles que voam além do convencional.
    Um abraço carinhoso.
    Mauricio A Costa.
    Autor de O MENTOR VIRTUAL.

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  2. Nossa, fantástico!
    (Renata)

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