Eu queria um dia, um dia
essa correspondência de afeto
que coleciono em meus íntimos silêncios...
queria a singularidade parceira de ilusões pueris
que acalentam a alma cansada da espera...
Queria experimentar o vislumbre de uma chegada sonhada
trazendo olhos atentos ao que está por dentro...
Queria um coração que transbordasse feito o meu naufraga...
Que não fosse necessária bagagem para construção de estrada
que levasse apenas a lugar algum...
Um dia eu queria...
Há um choque lento que o peito leva
quando se dá conta da imensissolitude...
que grita,
que berra
que o tempo algoz
diminui o prazo do encontro...
Queria sossegar da busca insana
pelo par, pelo ímpar, pelo meu no outro...
Um dia
de fato
queria
um toque de necessidades iguais,
num encontro, quase um esbarrão
e o perceber da presença tão aguardada,
Invadindo tudo e nada mais...
Lindo lindo, como tudo que vc escreve.. De sua sensibilidade não poderia brotar menos que tudo que li aqui. Parabéns pelo blog, já estou gostando muito, sei que vai ter muito mais. Bjos
ResponderExcluirObrigada, Luiza! Temos almas parecidas. Que bom que vc está aqui!
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