26 de janeiro de 2015




Correu até a margem de si mesma e olhou em torno... não havia limite... margem e limite não são a mesma coisa... Na margem de si, o ilimitado poder da coragem e da observação. Ainda não... ainda não... escorou-se nas esquinas de seus ombros pesados e respirou, analisando o que fazer... nada. Então... gritou. E aprendeu que é estando no limite de sua margem que a esperança grita de volta: Espera! Espera! Espera!

Ecos batem asas e levantam voos por toda parte... e partem e lhe parte o coração imaginar-se fraca. Agarrou-se ao eco, e partiu de volta. Dentro de si, havia ainda inúmeras margens a serem exploradas e ecos a esvoaçarem suas asas plenas de alma em crescimento. Definitivamente, nada há de definitivo na margem, e o limite é, tão somente, o impulso para ir além... e voltar-se a si é ir além... muito além. É sempre no caminho de volta que a bagagem vem mais completa...

2 comentários:

  1. Interessante. Gostei! Flui, Reflui, Vai e vem. Mensagem de alma inconstante, me remete não somente ao ser que escreve, mas aos seres em geral. Um vulcão arraigado em cada ser humano prestes a explodir, que pode levar uma vida ou enraizar-se na eternidade deste. Parabéns Sil... Sucesso sempre...

    ResponderExcluir
  2. Quantas vezes me conheci e me reconheci e me esqueci em tantas de suas palavras. Não há palavra que nunca foi dita disse Russo e não há poesia ou não há arte que não pertença a toda a humanidade a partir do momento que é compartilhada. Pode ser um simples 'amo' ou um complexo 'saudade', não há poeta que não esteja ligado a seu leitor e leitor que não se descreva em outros poetas. Se senti o mesmo que sentiu ao escrever ? Não posso dizer, mas acredite eu senti algo. Parabéns pelo talento!
    - Ag.

    ResponderExcluir