16 de abril de 2012

Espreita...




Algumas areias
De tão movediças
Conseguem atolar-se a si mesmas
No profundo raso que constroem
Ao longo de sua existência destrutiva...
Ficam ali... sedutoras
À espreita de almas descuidadas...(sonhadoras...)
Tragando todas as fomes de ânsias cruéis
Adoecidas em almas pobres, sofridas...
Atraem-se...
Os fortes sobrevivem...( nunca mais como antes, é verdade...)
As areias movediças permanecem sempre à margem
Cheias de nada
Buraco negro
Caminho sem volta a elas mesmas...
Areias...
Movem-se, escorregam pelos vãos dos dedos que selecionam
Premeditadamente
Cada vítima de suas presas
Até o profundo inferno que cavam para si...
Deleitam-se, as areias,
Com a sedução que causam...
São belas...aparentemente...
No fundo são como na superfície: vazias de qualquer benefício...
Sem viço
Só vícios...
Ocas...
Cascas vaidosas soltam das movediças...
Voam pelos ares
Com os ares que elas têm... ares de vaidade
Ares enganosos...
Estarão sempre sós...
E quem sobreviveu a esse tragar
Sempre saberá voltar...
E as areias movediças estarão lá...
Do mesmo tamanho, no mesmo lugar...

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