10 de dezembro de 2011

Leme




É preciso soltar as amarras para vir à tona,
é necessário jogar âncoras para aportar...
Cada qual sabe em que cais deseja estancar sua sede de vida
ou se içar velas ainda será e será...
Quando se está no fundo do poço,
por mais cordas que se lancem,
por mais mãos que se estendam,
somente a própria mão que está no abismo
pode a si se salvar
estendo os braços para ser tirado
ou olhando apenas
sem se permitir...
Nessa nau em que vamos,
bússolas que somos,
elegemos os mares para o qual partimos
ou a ilha da qual não saímos...
No abismo de qualquer imensidão,
no mais profundo,
criaturas escuras buscam pelo vácuo com destino ao nada...
Na claridade que permitem os espaços etéreos,
borboletas e beija-flores bailam
porque à superfície podem suas asas voar...
e ainda que estrelas só se vejam à noite
e cometas cruzem a escuridão
só podem ser belos e admirados
porque se destacam,
porque lumes são...

3 comentários:

  1. Olá, Poetisa minha!

    Assim como os astros, tu tens luz própria, ante a belíssima poesia contruída ao lume da complexidade, da qual todos somos diante a nossa sede de querermos expressar os nossos sentimentos mais obscuros e latentes que o poema é capaz de retratar sobre aquilo que nossa alma tanto carece em cantar e dizer; pois, bem ditas são as tuas palavras!

    Ósculos poéticos!

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  2. Desejo que você tenha no olhar o encantamento pela Vida!
    Que você tenha no coração a plenitude do Amor!
    E que você acredite na grandeza de Deus,
    na Fé e na Esperança...

    E que você realize seus sonhos...
    E, independente de qualquer coisa, continue a sonhar...
    Sempre, minha querida amiga!

    Que a magia do Natal transforme todos os seus sonhos na mais bonita realidade!

    Literatura & Linguagens
    http://nelsonsouzza.blogspot.com

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